quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

OPERATION FLASHPOINT: RED RIVER (MINHA ANÁLISE)

Operation Flashpoint: Red River, jogo de tiro em primeira pessoa lançado e distribuído pela Codemaster, chega ao mercado, corrige muitas das falhas do primeiro título da franquia para Xbox 360, Operation Flashpoint: Dragon Rising, e figura como um excelente título para os amantes do gênero.O cenário é o Tajikistão, país que faz fronteira com o Afeganistão, e o jogador está na pele de um soldado americano responsável por manter grupos terroristas sob a mira de suas armas para estabelecer e manter a “paz” no mundo. Subitamente ele se vê sob a mira de um inimigo maior e mais perigoso. Operation Flashpoint: Red River não trás nada de excepcional em termos de história e sua proposta não é inovar neste quesito. O game se foca na ação e neste critério temos que dar um grande crédito a ele. Com momentos de tiroteios intensos o jogo descarrega a adrenalina dos jogadores de uma forma incrível.
A forma como as missões são conduzidas levam o jogador a percorrer um cenário gigantesco cheio de perigos a todo o momento. O “simples” fato de está escoltando um comboio trará dores de cabeça e situações de tremendo perigo para os jogadores.
Jogadores? Isso mesmo o modo multiplayer, principalmente em system link, é absolutamente brilhante e talvez o melhor modo para jogos neste estilo. O jogador tem a possibilidade de jogar com até três companheiros todos na mesma equipe, sendo que apenas um é o líder do grupo, este terá a obrigação de tomar as decisões que podem levá-los a vitória ou ao fracasso, comandando através de ordens que surgem na tela com o toque do botão RB o restante da equipe, se eles forem controlados pelo computador, e criar as estratégias para passar dos momentos de maior pressão do jogo. É uma experiência única e muito divertida.
A estratégia é outro ponto que se deve ressaltar deste jogo. Não vai adiantar muito, principalmente nos modos de game mais difíceis, correr e achar que vai sair fuzilando todos na sua frente. A formação de uma estratégia em cada parte das missões é fundamental para completá-la com êxito, diminuindo o risco de alguém se ferir no processo, ou os jogadores vão descobrir que um punhadinho de tiros pode deixar seu personagem sangrando no chão pedindo por um médico. Operation Flashpoint: Red River é muito realista neste ponto e a morte pode vir de forma rápida para os jogadores mais afoitos. A inteligência artificial dos inimigos é outro ponto forte, e não é incomum você está preocupado com o inimigo que está atirando em você de frente enquanto outro faz a volta para pegá-lo de surpresa, então mantenha os olhos atentos e a equipe bem posicionada. Se forem seus companheiros jogadores e não a máquina, mantenham-se em comunicação constante pelo fone de ouvido ou poderão ter surpresas desagradáveis, principalmente no modo de game HARDCORE, onde as informações na tela são reduzidas ao mínimo possível e a dificuldade elevado ao máximo. A jogabilidade não chega a ser ruim, mas alguns detalhes poderiam ter sido pensados com mais cuidado, por exemplo, o botão de usar o kit de primeiros socorros poderia ser diferente do que o jogador pega armas do chão, não é incomum você se deparar com a situação de tentar curar um companheiro e, invés disso, ficar pegando os armamentos que estão perto dele. Isso num momento de tensão de tiroteio é bem frustrante.
O gráfico pode não ser dos melhores, apesar de não chegar a ser ruim, mas talvez um capricho maior, principalmente nos personagens de uma maneira geral, muitas vezes se confundem com o cenário e não pela camuflagem, mas pela falta de textura e profundidade que os torna difícil de identificar mesmo de perto. Apesar disso os gráficos dos cenários são excelentes.
O som do game poderia ser melhor, as músicas são caricatas e caberia uma trilha sonora um pouco mais épica em alguns momentos das missões, para ajudar no drama do game e não causar a impressão de pouco ou quase nenhum foco na narrativa. Não é incomum o jogador se sentir apenas um instrumento de matar soldados e não um personagem com conflitos e anseios. A música poderia ajudar neste fator, mas na verdade ela puxa você para este universo superficial e vazio de sentido focado unicamente na ação. É um ponto que a Codemaster errou neste game.
Mesmo assim, Operation Flashpoint: Red River com suas missões tremendamente grandes e seus momentos de ação intensos, cooperatividade e estratégia está, sem dúvida, entre os melhores jogos do gênero.

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