quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

THE ELDER SCROLL V: SKYRIM (MINHA ANÁLISE)


Elder Scroll chega em sua 5ª edição e, com maestria, leva o jogador a um cenário medieval fantástico e emocionante. Quando o jogador acorda e percebe o personagem que ele criou sentado em uma carroça sendo levado para ser executado por tropas do Império de Skyrim, ele nem imagina que está prestes a mergulhar em uma aventura gigantesca cheia de orcks, mortos-vivos, magos malignos  e, lógico, Dragões. The Elder Scroll V é mais um lançamento da Bethesda Game Studio, produtora do aclamados Fallout 3 e Fallout New Vegas, traz novamente um jogo com cenário aberto, onde o jogador pode ir onde quiser, fazer o que quiser e tudo pode influenciar direta ou indiretamente no curso do jogo. Como em Elder Scroll IV: Oblivion a liberdade dada ao jogador impressiona e a sensação de explorar qualquer parte do cenário impulsiona o jogador a ir adiante. 

A qualidade do enredo e da dinâmica de jogo são bem a linha de Elder Scroll, mas as melhorias gráficas em relação ao seu antecessor impressiona até os mais exigentes. Todo o cuidado no aprimoramento gráfico faz com que sejam gritantes as melhorias em relação aos cenários e o personagem,coisa que infelizmente foi deixada de lado com os Fallouts, onde pouca coisa no que diz respeito a gráficos de cenários e personagens mudou do Fallout 3 para o Fallout New Vegas. Outra coisa que deixa o game interessante é a construção do personagem, vários detalhes e recursos acompanham esta criação de seu herói e tudo pode influenciar na sua personalidade. Muitas possibilidades podem ser encontradas para o jogador, desde os tipos e classes de personagens até as dezenas de quests que proporcionam momentos de diversão e possibilitam o jogo durar muito mais do que o jogador imaginaria para um game desta grandeza.


Falando da evolução do personagem, os perks estão lá, como em Fallout, mas eles seguem um caminho por constelações que são excelentes em termos de visual e facilitam para o jogador planejar o desenvolvimento do personagem.  Sem contar na possibilidade de construção de itens e armaduras, bem como a capacidade de encantá-los, tornando-os mágicos e com habilidades específicas que demonstra a genialidade deste game.Existe também a possibilidade de alterar entre a visão em primeira pessoa e a de terceira pessoa, esta que teve uma grande e visível melhoria, principalmente na aparência e nos detalhes do personagem, bem como na movimentação dele. 
A música é outro ponto importante onde os compositores acertaram na mosca. A trilha sonora de Elder Scroll V: Skyrim é de uma originalidade e de uma beleza invejáveis, tornando a atmosfera de mistério mais densa nos momentos em que o jogador está em uma "dungeon", adrenalina do combate com músicas de batalha ou proporcionando um clima bucólico em cidades pacatas. Brilhante.
O ponto negativo do game talvez sejam os pequenos "bugs" gráficos, já conhecidos de Fallout, e alguns travamentos que podem ocorrer durante o jogo, mesmo com o jogo instalado no HD do Xbox, mas não tiram o brilho deste gigante e excepcional jogo de aventura medieval que, mesmo indo direto para a quest principal do jogo, levará você  à divertidas 30h de magias e combates contra os mais variados inimigos.  Saque sua arma e prepare-se para a aventura!


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Músicas para trilha sonora de RPG. Onde achar?

Existem diversas músicas adequadas para servir de trilha sonora em partidas de RPG, inclusive no artigo publicado sobre isso neste mesmo blog eu indiquei algumas no final para que os jogadores e mestres pudessem baixar e divertirem-se nas suas partidas. Outro site bem interessante para download de músicas com este objetivo:

Neste site você poderá encontrar diversos álbuns colocados lá pelos artistas que são pagos através de doação e patrocínio, ou seja, tudo gratuito e legalizado. Nesta tag do site que estou postando, são álbuns apenas de sons ambiente, músicas para enriquecer a atmosfera do seu jogo.
Abaixo um pequeno tutoria com imagens para tentar ajudar os usuários que encontrem algum problema para baixar as músicas. Mas tudo no site é bem simples e prático. Vale muito a pena conferir.
Clique na imagem para aumentar.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Lei anti-games. Projeto de Lei do Senado n° 170.

Um senador brasileiro chamado Valdir Raupp lançou um projeto de lei para ser votado no senado que beira a estupidez. Beira não, é uma completa estupidez!
Este projeto de lei, se aprovado, alterará o art. 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 e incluirá os games tornando-os ilegais e, por consequência, crime o fato de comercializar, possuir, fabricar ou distribuir jogos de vídeo games que sejam "ofensivos aos bons costumes, às tradições dos povos, credos, religiões em território nacional".
Ofensivos aos bons costumes? O que isso exatamente quer dizer? 

Quais são estes costumes que são tão ofendidos que outros meios de entretenimento não estejam também "ofendendo"?
Valdir Raupp - O que te faz apto a decidir o que é bom ou mal costume?
Sinceramente é revoltante a pretensão de um senador julgar os bons costumes a serem defendidos com um projeto de lei tacanho como este, ou até mesmo acabar com uma grande fonte de renda para famílias que vivem desta indústria ou de suas ramificações, mas o principal problema não é esse.
Vivemos em uma sociedade em que o poder de sugestão é super-estimado. Tudo o que vem a acontecer no mundo deve haver uma motivação externa para ter uma valia de julgamento. "Uma pessoa matou alguém?... provavelmente joga vídeo games violentos, ou escuta rock and roll, ou vê novelas, ou livros." Na humanidade sempre existiu violência, assassinatos, adultérios, luta de religiões, mesmo antes do vídeo game e da televisão ou de qualquer outra forma de diversão que conhecemos hoje surgir. Então, porque o pensamento pequeno de achar que o "motivo" para todas as coisas ruins estejam motivadas por entretenimentos?
Além disso... qual seria a sugestão que Exmo. Senador Valdir Raupp sugere para outras coisas que não o vídeo game? Iremos queimar os livros de História pois falam de violência entre os povos? Queimamos também as obras clássicas de tragédia Grega pois elas abordam o adultério, ou patricídio, ou incesto? Nelson Rodrigues não deve mais ser permitido porque ele depõe contra a "família de bem"?
Mao Tsé-Tung já queimou livros uma vez, Hitler também, e com certeza teriam queimado vídeo games caso eles existissem naquela época... Não devemos permitir que um senador cujo discernimento e inteligência são notoriamente ínfimos atribuir a ele mesmo julgar o que se deve ou não ver, ouvir, jogar ou pensar.
Repudio este projeto de lei e qualquer outro que cerceie a nossa liberdade.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

OPERATION FLASHPOINT: RED RIVER (MINHA ANÁLISE)

Operation Flashpoint: Red River, jogo de tiro em primeira pessoa lançado e distribuído pela Codemaster, chega ao mercado, corrige muitas das falhas do primeiro título da franquia para Xbox 360, Operation Flashpoint: Dragon Rising, e figura como um excelente título para os amantes do gênero.O cenário é o Tajikistão, país que faz fronteira com o Afeganistão, e o jogador está na pele de um soldado americano responsável por manter grupos terroristas sob a mira de suas armas para estabelecer e manter a “paz” no mundo. Subitamente ele se vê sob a mira de um inimigo maior e mais perigoso. Operation Flashpoint: Red River não trás nada de excepcional em termos de história e sua proposta não é inovar neste quesito. O game se foca na ação e neste critério temos que dar um grande crédito a ele. Com momentos de tiroteios intensos o jogo descarrega a adrenalina dos jogadores de uma forma incrível.
A forma como as missões são conduzidas levam o jogador a percorrer um cenário gigantesco cheio de perigos a todo o momento. O “simples” fato de está escoltando um comboio trará dores de cabeça e situações de tremendo perigo para os jogadores.
Jogadores? Isso mesmo o modo multiplayer, principalmente em system link, é absolutamente brilhante e talvez o melhor modo para jogos neste estilo. O jogador tem a possibilidade de jogar com até três companheiros todos na mesma equipe, sendo que apenas um é o líder do grupo, este terá a obrigação de tomar as decisões que podem levá-los a vitória ou ao fracasso, comandando através de ordens que surgem na tela com o toque do botão RB o restante da equipe, se eles forem controlados pelo computador, e criar as estratégias para passar dos momentos de maior pressão do jogo. É uma experiência única e muito divertida.
A estratégia é outro ponto que se deve ressaltar deste jogo. Não vai adiantar muito, principalmente nos modos de game mais difíceis, correr e achar que vai sair fuzilando todos na sua frente. A formação de uma estratégia em cada parte das missões é fundamental para completá-la com êxito, diminuindo o risco de alguém se ferir no processo, ou os jogadores vão descobrir que um punhadinho de tiros pode deixar seu personagem sangrando no chão pedindo por um médico. Operation Flashpoint: Red River é muito realista neste ponto e a morte pode vir de forma rápida para os jogadores mais afoitos. A inteligência artificial dos inimigos é outro ponto forte, e não é incomum você está preocupado com o inimigo que está atirando em você de frente enquanto outro faz a volta para pegá-lo de surpresa, então mantenha os olhos atentos e a equipe bem posicionada. Se forem seus companheiros jogadores e não a máquina, mantenham-se em comunicação constante pelo fone de ouvido ou poderão ter surpresas desagradáveis, principalmente no modo de game HARDCORE, onde as informações na tela são reduzidas ao mínimo possível e a dificuldade elevado ao máximo. A jogabilidade não chega a ser ruim, mas alguns detalhes poderiam ter sido pensados com mais cuidado, por exemplo, o botão de usar o kit de primeiros socorros poderia ser diferente do que o jogador pega armas do chão, não é incomum você se deparar com a situação de tentar curar um companheiro e, invés disso, ficar pegando os armamentos que estão perto dele. Isso num momento de tensão de tiroteio é bem frustrante.
O gráfico pode não ser dos melhores, apesar de não chegar a ser ruim, mas talvez um capricho maior, principalmente nos personagens de uma maneira geral, muitas vezes se confundem com o cenário e não pela camuflagem, mas pela falta de textura e profundidade que os torna difícil de identificar mesmo de perto. Apesar disso os gráficos dos cenários são excelentes.
O som do game poderia ser melhor, as músicas são caricatas e caberia uma trilha sonora um pouco mais épica em alguns momentos das missões, para ajudar no drama do game e não causar a impressão de pouco ou quase nenhum foco na narrativa. Não é incomum o jogador se sentir apenas um instrumento de matar soldados e não um personagem com conflitos e anseios. A música poderia ajudar neste fator, mas na verdade ela puxa você para este universo superficial e vazio de sentido focado unicamente na ação. É um ponto que a Codemaster errou neste game.
Mesmo assim, Operation Flashpoint: Red River com suas missões tremendamente grandes e seus momentos de ação intensos, cooperatividade e estratégia está, sem dúvida, entre os melhores jogos do gênero.

L.A. Noire (Minha Análise)

Gráficos e dublagens espetaculares e uma história envolvente são os pontos fortes deste título para xbox 360 que mostrar até msmo para CSI como se faz jogo de investigação policial de cena de crime.A atmosfera vintage de Los Angeles dos anos 40 é o cenário escolhido para este novo jogo da Rock Star, empresa já famosa por clássicos como GTA e Red Dead Redemption, e que transporta o jogador para o clima de suspense e mistério das investigações policiais. L.A Noire é um game de investigação policial e ação onde o jogador encarna o personagem Cole Phelps, um policial de carreira que está buscando subir dentro da estrutura policial. Com o olhar sempre atento a qualquer pistas e com idéias de resoluções de problemas de um Sherlock, Phelps mergulha nas pistas deixadas por assassinos, traficantes e conspiradores na busca de chegar a verdade e prender o culpado.
Inspirado no período histórico mais clássico e mais violentos das ruas de Hollywood, L.A Noire transporta o jogador por casos ispirados em acontecimentos reais, inclusive o do famoso Serial killer Dália Negra, que matou várias mulheres em Los Angeles e nunca foi preso, por um cenário bem trabalhado com ótimos gráficos e através do recolhimento de pistas e interrogatórios de suspeitos ou testemunhas chegar a solução dos casos intrigantes.
O game exige que o jogador exercite sua atenção para os detalhes e perspicácia nos diálogos para chegar a solução dos casos. Este é outro momento memorável do jogo, as dublagens. Um verdadeiro trabalho artístico desenvolvido pela equipe da Rock Star nos diálogos, são sem sombra de dúvidas o detalhe mais forte do game, onde o jogador deve conduzir os interrogatórios através de perguntas tentando extrair pistas ou confissões dos suspeitos. Para desenvolvimento da trama do game é importante que você tenha até mesmo empatia com os interrogados para saber a hora de precioná-los ou não e chegar ao seus objetivos.
A trilha sonora também faz um bom trabalho interessante, as músicas da época reforçam a atmosfera, mas ainda assim o trabalho não chega a ser excepcional.
Agora os pontos negativos. L.A Noire, apesar da riqueza de detalhes, o game peca no quesito ação. Mesmo não sendo o forte do jogo, onde a priori se centra na narrativa, a parte relacionada em perseguições e tiroteios são por vezes repetitivas e entediosas. Muitas vezes o jogador recebe um chamado de um crime acontecendo na rua e parte para lá na esperança de algo que mude o rumo do game e acaba recaindo na obviedade de uma cena de tiroteio sem muita inovação, ou momentos de perseguições sejam de carro ou a pé. Mesmo nos momentos de foco, onde a narrativa e os interrogatórios são o ponto forte, é comum você sentir-se repetindo as ações, só que com suspeitos diferentes, numa repetição que poderia ser quebrada caso o mesmo capricho fosse usado na construção das entre-cenas gerando uma adrenalina a mais.
Apesar desses pequenos, porém relevantes, pontos negativos, L.A Noire é um jogo espetacular, focado na narrativa e na contação da história e trás para o Xbox 360 toda a atmosfera sombria e tensa das investigações policiais e entra para o seleto quadro de grandes jogos para os consoles de última geração.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Análise da trilha sonora de Super Mario World.

Trabalho realizado por alunos do curso de Cinema da UFPE para a disciplina de Música e Trilha Sonora, ministrada pelo professor Felipe Trotta.
Através de um vídeo e explicações simples e concisas, os alunos nos fazem viajar no que existe por trás desta trilha sonora clássica dos vídeo games. Confira.






Dragon Age para RPG de mesa.

Pegando carona no sucesso do aclamado título da BioWare, o escritor Chris Pramas, autor do RPG “Warhammer Fantasy Roleplay”, lança o livro Dragon Age com sistema de regra para RPG de mesa.


A caixa traz à disposição do jogador:
  • Um Guia do Jogador de 64 páginas, com uma introdução aos RPGs de mesa, um histórico de Thedas e da nação de Ferelden, um guia completo para criação de personagens, descrição de classes e talentos, explicações sobre a magia e regras básicas.
  • Um Guia do Mestre de 64 páginas, com uma introdução a este papel fundamental no RPG, conselhos sobre a arte de conduzir seu próprio jogo e uma aventura introdutória, que mergulha os personagens no mundo de Dragon Age.
  • Um pôster-mapa colorido da nação de Ferelden, o cenário inicial para Dragon Age RPG.
  • 3 dados de seis lados.
O livro, editado pela Green Ronin e traduzido para o português pela editora Jambô, traz uma série de pequenos problemas que não se deve deixar de citar. Assim como a versão americana, a caixa contém dois livretos de 60 páginas cada, um mapa e três dados de seis lados (3d6). Os livros possuem capa mole assim como a edição em inglês, mas a baixa qualidade do papel a qual foi impresso é notoriamente simples e e de baixa qualidade, sem ilustrações coloridas. A contracapa foi economizada e se transformou em ficha e tabelas. Tudo feito com o objetivo de baratear o produto, pois a tiragem no Brasil é pequena.
Apesar da mecânica do RPG ser enxuta e a personalização ser grande através de talentos e focos em habilidades, o livro só permite ao jogador alcançar o 5º nível. As classes disponíveis são guerreiro, ladino e mago. O sistema de regras é simples, mas promete não deixar de lado a emoção e a adrenalina dos combates, a simplicidade deve sem dúvida ser levada em conta como um ponto positivo do jogo, mas quanto a não deixar furos nas regras que deixam o jogo truncado, será preciso algumas partidas a mais para se perceber.
Quanto à tradução, feita por  Leonel Caldela, devo dizer que achei muitosde problemas, a maioria deles apenas de revisão e gramática, como o termo “ambiesquerda”, que foi usado completamente fora de contexto. Este é mais um título de RPG que, principalmente para o público que tem maior dificuldade com os livros em inglês ou que preferem os livros traduzidos, deve chamar atenção, mas deve-se ressaltar que a versão em português apresenta muitos problemas.
O RPG de fantasia, sem dúvida, é mais completo e bem estruturado no Dungeons&Dragons, que tanto possibilita a ambientação de uma campanha na nação de Ferelden, como em outros cenários clássicos de D&D como Forgotten Realms entre outros, e ainda podendo contar como o consagrado sistema D20 para dar suporte ao jogador. Apesar disso este talvez seja um título que agrade principalmente aos fãs do já clássico RPG de videogame da BioWare.

Unreal Engine Graphics 3 - O Futuro dos gráficos.

Nesta matéria nós vamos centrar na nova Ureal Engine 3, a nova forma de fazer gráficos para jogos de videogame que promete revolucionar a experiência dos jogos... o que virá depois?

Os jogos de videogame das plataformas dessa geração estão cada vez mais impressionantes  e um jogo bonito neste quesito se tornou praticamente obrigação das produtoras. Gráficos não podem ser problema para jogos de plataformas como XSbox 360 ou PS3. Agora os engenheiros que aprimoram cada vez mais os recursos para a nossa diversão desenvolveram a nova Unreal 3 que, segundo os desenvolvedores, trará para sua casa uma possibilidade visual jamsi vista. Em entrevista para um site americano, um dos produtores desta maravilha tecnologica define a Unreal 3 como "Image-based reflections that allow surfaces of any shape to reflect an approximate version of scenes, with varying glossiness across surfaces, anisotropic HDR highlights and anti-aliasing." Traduzindo para a nossa língua ficaria: "reflexões baseada em imagem que permitem que as superfícies de qualquer forma a refletir uma versão aproximada de cenas, com diferentes brilhos , HDR anisotrópica destaques e anti-aliasing". Para uma linguagem mais simples poderiamos dizer que fica a ponto de explodir sua cabeça com a capacidade de reflexão e profundidade.
Os gráficos de jogos como Battlefield Bad Company 3, que sai ainda este ano de 2011 já estão sendo desenvolvidos  com esta nova engine gráfica, deixando o que já eram de uma qualidade visual muito satisfatória absurdamente bonito. A maior parte dos títulos deste ano estão sendo preparados nesta plataforma gráfica, e podemos esperar jogos dequalidade gráfica jamais vista para este ano.

Algumas imagens de jogos com esta Engine gráfica (Fonte: IGN):



Imagens do trailer de Battlefield Bad Company 3:




Livros policiais que inspiraram L.A Noire, jogo de vídeo game para Xbox360.

Ano passado a RockStar lançou o jogo de investigação e suspense policial chamado L.A.Noire. O jogo impressionou a crítica e os amantes de jogos deste estilo com seu cenário detalhado e seus gráficos de primeira linha, bem como sua atmosfera sombria de de suspense, mistério. Mas o que pouca gente sabe é que o jogo foi inspirado em diversos livros policiais famosos, tanto para a criação de seus personagens como para a ambientação de cenário.
Desde sempre, livros influenciam grandes histórias, para televisão, para filmes e agora, mais do que nunca, para videogames. Os produtores de videogame para as gerações atuais buscam beber de diversas fontes para que seus jogos ganhem cada vez mais uma atmosfera palpável e envolvente. Esta pequena lista de livros pode ajudar o jogador a entrar mais no clima do cenário e eles funcionam na melhor placa de vídeo que existe: a imaginação.
Aqui segue uma pequena lista, divulgada no site americano IGN e traduzida para você pelo xgamesjr, de romances policiais famosos por sua atmosfera de mistério e que podem influenciá-lo a apreciar o cenário em que L.A. Noire acontece. Confira.

HAMMETT, Dashiell. O Falcão Maltês.
Hammett é o único escritor desta lista, cujo trabalho não é centrado em LA, mas ele é muito reconhecido como o homem que popularizou a ficção policial. Seu livro mais conhecido, O Falcão Maltês, segue pelas ruas de San Francisco o detetive particular Sam Spade enquanto ele persegue um misterioso tesouro desaparecido, quebra-cabeças misteriosos, as motivações da mulher misteriosa, sedutora, e, possivelmente, má que o contratou são elementos que apimentam o enredo.














CHANDLER, Raymond. Farewell, My Lovely.
O personagem Sam Spade pavimentou o caminho, mas ninguém consegue chegar no nível do detetive Philip Marlowe quando se trata de um personagem secamente divertido e inteligente. Seus comentários irônicos leva o leitor à risada, mesmo quando a dura realidade da humanidade - sob a forma de identidades secretas e assassinatos - cheira-lhe na cara. Impossível de largar.















MOSLEY, Walter. O Diabo Veste Azul.
O gênero noir não é exatamente conhecido pela diversidade racial em seus personagens principais, mas Mosley quebrou este paradigma com O Diabo Veste Azul, que estrelou o protagonista afro-americano Easy Rawlins. Quando seu amigo Coretta aparece morto,  Easy torna-se suspeito do assassinato, e ele deve descobrir o que aconteceu para que a polícia o deixe em paz. A história, ambientada em 1948, é um olhar  interessante pelos Estados Unidos pré-Direitos Civis e as relações baseadas em preconceitos raciais que se desenvolviam e pautavam as leis daquele país. O Diabo Veste Azul é o primeiro dos 11 livros estrelados por Easy Rawlins, que até o final da série se tornou um detetive de pleno direito.







ELLROY, James. The Big Nowhere.
Todos os quatro livros de Ellroy sobre o universo de  LA (que também inclui The Black Dahlia, LA Confidential, e White Jazz) são incríveis, mas para mim The Big Nowhere é o melhor do grupo. Li o livro em inglês, mas acredito que já possua uma versão em português. A trama segue três homens de diferentes áreas de aplicação da lei enquanto perseguem um serial killer que mutila brutalmente suas vítimas, rastrear suspeitos comunistas, ao mesmo tempo que lidam com as sombra da cidade e com os possíveis infiltrados no Departamento de polícia de Los Angeles são alguns dos problemas que os personagens principais do livro devem encarar. Ellroy faz um trabalho incrível entrelaçamento eventos da vida real e personagens fictícios, incluindo o Red Scare de 1950, a Zoot Suit Riots de 1943, e notório gângster Mickey Cohen. Brutal, arrepiante, e envolvente é um dos grandes romances policiais já escritos.







CONNELLY, Michael. The Last Coyote.
O único livro com um cenário contemporâneo da lista, este livro foi o quarto romance policial de Los Angeles a estrelar  Harry Bosch, personagem que está em uma constante luta contra um sistema de politicagem e corrupção. Em The Last Coyote, Bosch está prestes a deixar a polícia de Los Angeles, e ele usa o tempo de inatividade para investigar o assassinato não solucionado de sua mãe, ocorrido há mais de três décadas. Cada um dos 14 livros em que aparece o personagem Harry Bosch é uma leitura emocionante, mas este ganhou um lugar no topo da pilha.







Quem tiver oportunidade de ler, procure qualquer um desta lista para apurar o apetite antes de jogar o game. Caso tenha outras sugestões de leitura Noir e policial, fique a vontade para indicar que procuraremos ler para postar aqui nesta matéria.
Boa leitura.

Trilha sonora para partidas de RPG

Artigo escrito por Soares Júnior sobre este rico elemento a ser explorado em partidas de RPG de mesa.
Trilha sonora para partidas de RPG:
Muitos mestres/narradores de RPG se utilizam de diversos artifícios para possibilitar maior imersão em suas partidas. As possibilidades são muitas, desde preparar o ambiente em que os jogadores se encontram para se divertir, até usar fotos e mapas com imagens para o jogador visualizar melhor onde está, facilitando e potencializando, assim, a descrição. Um destes recursos é a trilha sonora e é sobre ela que iremos falar neste artigo, mas antes de falarmos sobre a utilização do som na partida de RPG, vamos falar um pouco sobre a história da trilha sonora no teatro e no cinema.
Trilha sonora no Cinema, breve histórico:
O cinema nunca foi totalmente mudo, havia antes uma dificuldade de sincronizar o som à imagem, mas o som sempre esteve presente. A estranheza que causa a nós, espectadores, uma imagem completamente silenciosa ou o som dissociado da imagem pode impossibilitar até mesmo a compreensão do que está sendo visto ou ouvido. Acompanhar imagem sem som é incômodo, e isso não se deve à cultura recente televisiva, remonta de bem antes. Encontramos exemplo disso no teatro Grego clássico, quando as cenas da tragédia grega eram acompanhadas pelos sons dos côros cênicos ou ditirambos. Como afirma o professor Filipe Mattos de Salles, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP:
“O mesmo ocorreu no cinema, desde sua criação pelos irmãos Lumière em 1895. O fato é que o som no cinema sempre foi importante, enfatizando, criando ou até redundando climas narrativos na imagem. No cinema mudo, havia um pianista nas salas de concerto encarregado de criar estes climas nas cenas, improvisando sobre um repertório próprio conforme sentia as imagens, e que geralmente cumpriam uma função meramente ilustrativa. Nas salas mais afortunadas podíamos até encontrar orquestras inteiras tocando, muitas vezes com partituras originais para o filme.”
SALLES, Filipe Mattos. A Origem da Trilha Sonora.
Com o advento do sistema de sonorização no cinema com a famosa máquina VITAPHONE lançada em 1927, foi repensada a função do som nos filmes com a possibilidade não só de utilizar música, mas também diálogos e ruídos. A evolução do som no cinema para encontrar cada vez mais a imersão do espectador e atingir a atmosfera necessária para potencializar a narrativa utiliza-se muitos recursos mas a trilha sonora é fator quase que indispensável para atingir estes objetivos. Muitas vezes é comum que a história e a música tenham ligação inseparável como diz novamente o professor Fillipe Mattos de Salles:
“Então caminham lado a lado, a história e a música …Nestes casos o clima é substancialmente bem construído, pois o diretor já sabe como trabalha o compositor antes mesmo da partitura estar completa.”
SALLES, Filipe Mattos. A Origem da Trilha Sonora.
Grandes compositores criaram verdadeiros marcos para o som no cinema, levando fãs do mundo inteiro a lembrar mais facilmente da música do que de imagens do próprio filme podemos citar alguns exemplos:
“Psicose”, filme dirigido por Alfred Hitchcock e trilha sonora assinada por Bernard Herrmann:


“Tubarão”, filme de Steven Spielberg e trilha sonora de John Williams:


“Carruagens de Fogo”, direção de Hugh Hudson e trilha assinada por Vangelis:


“2001 – Uma Odisséia no espaço”, direção de Stanley Kubrick e música "Assim falava Zaratrusta" de Richard Strauss:


O RPG e o som:
Os mestres/narradores podem sim utilizar o som como forma de ajudar a construir uma atmosfera mais específica e empolgante. É comum que no planejamento da partida o mestre/narrador escute uma música para deixá-lo no “clima” das cenas que ele está planejando e neste momento a criação da cena fica associada a alguma música, então levar a música para a mesa de jogo é um artifício que pode possibilitar aos jogadores estarem na mesma emoção do mestre/narrador no momento da criação da mesma. Também é comum a utilização de uma música ambiente para climatizar o cenário e deixar os jogadores envolvidos naquela ação ou cena que está se desenvolvendo. Assim a música torna-se um elemento que ajuda na narrativa e deixa o jogador cada vez mais dentro da cena, assim como acontece no cinema com os espectadores, sendo que aqui o jogador é um elemento ativo na ação, o que torna ainda mais empolgante.
A utilização da trilha sonora nas partidas possibilita uma força a mais na imersão dos jogadores e mestres/narradores e, sem dúvida, é uma rica ferramenta para compor uma partida de RPG.
Sugestões de trilhas sonoras:
Vampire The Dark Ages: Vangelis, Cantos Gregorianos, Virgin Black, Arcana.
Mage The Ascension: Diary of Dreams, Autumn Tears, Alice in Chains, Tool, Lacrimas Profundere.
D&D: Trilha Sonora de O Senhor dos Anéis, Blind Guardian, Arcana, Midnight Syndicate Official D&D Soundtrack.
Shadowrun ou CyberPunk: Diary of Dreams, Raps variados , Trilha sonora de Vangelis para o filme Blade Runner, Poets of Fall, Umbra Et Imago, Imago Mortis.